11.05.2007

Pau latino

Semana passada aconteceu o Festival Tordesilhas, que foi muito bacana. Não anunciei aqui porque existem blogs mais recomendados para quem quiser acompanhar a agenda literária, como o da Ana Rusche e o do Marcelino, bons amigos meus que você encontra na lista de links deste blog.

O evento foi ótimo, conheci um monte de hispânicos e ibéricos, e pude confirmar o quanto me sinto bem entre escritores. De modo geral, são pessoas que abrem nossos horizontes, não só quando escrevem, mas também partilhando um pouco de suas vidas, e até mesmo falando besteiras em um bar (um dos meus esportes favoritos!). O senso comum ainda acha que escritor é sempre sisudo, reservado, e que por ser intelectual não se diverte nem perde a pose. Ah! Pura ingenuidade!
No sábado, eu e o Caetano de Pádua, que tem sido meu parceiro de baladas mais presente, começamos um poema coletivo e o pusemos na roda. O título era esse: "Pau latino", trocadilho muito singelo que surgiu quando eu falei qualquer coisa sobre agir "paulatinamente".
O primeiro verso era "Não vou escrever porra nenhuma", escrito em um guardanapo. Em seguida passei para Mario Bojorquez, do México, que somou um verso e passou pro Victor Sosa, que também contribuiu e até onde sei esse brainstorm chegou até Antonio Moura. Depois disso, não sei o que aconteceu com o poema, talvez tenha se perdido... Especula-se que alguém pegou o "Pau latino" e limpou a boca com ele, transformando o que era um lirismo dos mais sofisticados em pornografia explícita.
Enfim, essa postagem é um apelo: se alguém guardou o guardanapo dessa nossa criação coletiva, por favor, me mande um e-mail com a transcrição! O endereço está no blog, bata olhar para o lado. Morro de curiosidade para saber qual a extensão total do "Pau latino". Espero que leiam esse post com a devida seriedade...

Besteiras a parte, fiquei comovido ao notar o quanto a poesia é capaz de aproximar pessoas das mais diversas origens. E torço para que no ano que vem aconteça uma nova edição.

Hasta luego, amigos! Até logo!

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